Istoé
Nº 1542 – 21 de abril de 1999
LUISA ALCALDE
"Eu era funcionário da universidade, trabalhava como analista de rede e frequentava a Atlética. No dia da morte do Edison, cheguei por volta das 18 horas junto com um amigo, o Ronaldo.
Estava frio e escuro. No bar, ao lado da piscina, havia alguns alunos embriagados. Minutos depois, chegaram outros três estudantes, dois loiros e um moreno.
Com eles, estava um calouro, visivelmente bêbado. O garoto foi abraçado por um dos veteranos, que pulou na água com ele. Depois de uns dois ou três minutos, eles reapareceram. Chegando, pegaram um tênis, jogaram na água e mandaram o calouro pegá-lo.
Nesse momento nós interviemos. Os três saíram com o garoto. Meia hora depois, o calouro retornou, em estado pior. Estava trêmulo e perguntou como chegar a uma rua vizinha, mas não entendeu a explicação.
Demos café para o menino e o Ronaldo o levou para a pensão onde estava hospedado. No outro dia, fui correr bem cedo na Atlética e contei a alguns amigos o que havia acontecido na véspera.
Na quarta-feira, o diretor da faculdade me ligou e pediu que prestasse depoimento. Fui. Dias depois, me demitiram, alegando corte de pessoal."
Disponível em: http://www.terra.com.br/istoe/especial/154216.htm
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